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    Alimento hipoalergénico para cão: apenas como dieta de exclusão?

    O dono do animal insiste que o cão está muito melhor e que, por fim, graças à alimentação, ele e o animal podem dormir descansados. Porém, o veterinário sabe que esta alimentação era simplesmente a dieta de exclusão, fazendo parte do diagnóstico diferencial. E se continuarmos a fornecer ao cão a dieta hipoalergénica? Afinal, os sintomas estão a melhorar... Ou deveríamos convencer o dono de que as rações hipoalergénicas para cães apenas pertencem ao processo de diagnóstico? Existe algum caso em que se devam manter essas rações? Iniciemos o debate.  

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    Suspeita de dermatite atópica ou de reação adversa ao alimento

    Depois de excluirmos as parasitoses e as infeções bacterianas, decidimos introduzir uma dieta de exclusão por meio de uma ração hipoalergénica durante 8 semanas, pretendendo descartar uma alergia ou intolerância alimentares, se houver melhoria total. No entanto, apenas obtivemos uma melhoria parcial (uma redução do prurido em mais de 50%) e as dúvidas continuam a existir. Neste caso será necessário realizar um teste experimental e fornecer ao cão a mesma dieta que ele já consumia previamente. Se o prurido reaparecer, confirmaremos o diagnóstico de reação adversa ao alimento: neste caso seria adequado manter a dieta hipoalergénica. Se, por outro lado, o teste experimental não provocar o reaparecimento da dermatite com prurido e os sintomas forem compatíveis, podemos definir o diagnóstico como dermatite atópica.

    Porquê alterar a dieta se a dermatite atópica foi confirmada?

    Ainda que exista uma melhoria dos sintomas devido à dieta hipoalergénica, é conveniente mudar para uma dieta específica que reforce a barreira cutânea e forneça os nutrientes necessários para reduzir a inflamação, tais como os ácidos gordos ómega 3, ómega 6 e aloé vera. Além disso, em vez de utilizar proteína hidrolisada (rações hipoalergénicas), é aconselhável alimentar o cão com uma dieta limitada em antigénios, mais adequada a longo prazo. Convidamo-lo a visualizar um pequeno vídeo, no qual o Dr. Lluís Ferrer explica em que consiste o tratamento nutricional de apoio para as dermatites com prurido. A dermatite atópica não será curada apenas com a dieta, mas esta é uma parte essencial nas medidas de apoio para o controlo da doença. A dieta, os banhos frequentes e o controlo de parasitas constituirão a base, sem a qual o tratamento farmacológico não terá a mesma eficácia.  

    Descarregue de forma gratuita → Relatório sobre a dermatite atópica canina.

    O que dizem os guias?

    Os cães atópicos desenvolvem casos agudos de dermatite quando expostos a alergénios presentes na dieta. Por isso, os guias da International Task Force on Canine Atopic Dermatitis, de 2008, recomendam que estes cães sejam alimentados com novas fontes de proteínas, diferentes das presentes na sua dieta habitual como, por exemplo, proteína de truta, de vison ou de canguru. Obviamente que iremos deparar-nos com muitas outras situações de utilização de uma dieta hipoalergénica. O caso específico das rações hipoalergénicas para cães nos processos gastrointestinais será discutido posteriormente noutro artigo. Esperemos que tenha achado este artigo interessante!

    Descarregue de forma gratuita → Relatório sobre a dermatite atópica canina.