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    Leucograma de stress: o que o causa e em que consiste?

    A citologia sanguínea em pequenos animais é cada vez mais utilizada como técnica de rotina nos processos diagnósticos veterinário.

    A avaliação do sangue converteu-se numa ferramenta de diagnóstico importante para o veterinário. É cada vez mais utilizada na prática clínica veterinária. O estudo das extensões ou raspagem de sangue periférico é fundamental para conseguir uma avaliação na maioria dos animais que visitam a clínica.

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    Alterações na série branca

    A análise da série branca engloba duas fases técnicas: a quantitativa e a qualitativa. Na fase quantitativa determina-se o número total de glóbulos brancos e a contagem dos leucócitos totais. Na fase qualitativa determinam-se as anormalidades estruturais das células.  

    Alterações quantitativas da série branca

    De entre as alterações quantitativas no número de glóbulos brancos, devemos distinguir entre as alterações que afetam toda a população de leucócitos (leucocitose e leucopenia), e as alterações nas quais apenas um subtipo celular sofre um aumento ou diminuição das suas concentrações. Os neutrófilos representam a população mais numerosa no sangue periférico, tanto nos cães como nos gatos, pelo que a maioria das leucocitoses e das leucopenias são consequência de uma neutrofilia e neutropenia, respectivamente.  

    A neutropenia caracteriza-se por uma diminuição do número de neutrófilos da amostra, e tem como causas possíveis uma imunodeficiência, infeções virais, infeções bacterianas muito violentas, medicamentos mielossupressores, anorexia, pirexia, quadros entéricos, etc. A neutrofilia consiste no aumento do número de neutrófilos. Dependendo da forma como este aumento se produza, as causas podem ser diferentes. Uma das causas nos cães pode ser o stress, onde o aumento de neutrófilos se dá de forma passageira. Os linfócitos também podem apresentar alterações quantitativas, como é o caso da linfocitose e da linfopenia, que se traduzem num aumento e diminuição do número de linfócitos, respectivamente. Ambas as alterações podem ter como causa principal ou secundária o stress prolongado.  

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    Leucograma de stress

    O leucograma de stress é caracterizado por uma neutrofilia madura ligeira, linfopenia, eosinopenia e monocitose ligeira. Apenas é específico no caso dos linfócitos. Se as contagens de linfócitos forem inferiores a 700/µl pode tratar-se de uma linfopenia devida ao stress, mas também se devem explorar outras causas como linfomas, derrames pleurais e obstruções linfáticas. Este leucograma de stress costuma apresentar-se devido a um aumento na síntese dos corticoides endógenos, o que geralmente se deve a uma situação de stress, já que a sua síntese interna elevada se considera ser uma resposta do organismo a um processo inflamatório por stress orgânico.  

    Fatores chave que afetam o grau de stress do gato

    São vários os fatores chave que podem afetar diretamente os níveis de stress e o comportamento do gato:

    1. Zona de descanso elevada. Cada gato dispõe de uma zona confortável de descanso individual.
    2. Esconderijos e escapatórias. Para que o gato possa mover-se livremente, explorar e trepar.
    3. Comida e bebida frescas. Cada gato deverá ter a sua tigela de comida e várias tigelas com água.
    4. Caixa de areia limpa. Dispor de uma caixa de areia por gato, que deverá ser limpa diariamente.
    5. Contacto social. Será essencial que o gato possa brincar com outros animais ou com o dono, caso lhe apeteça.
    6. Arranhador e brinquedos. Dispor de um arranhador e de brinquedos, que deverão ser alternados para proporcionar novidade ao felino.

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