- Estádio I: Afeção localizada. Por exemplo, massa esplénica isolada
- Estádio II: Invasão local. Presença de adenopatias ou massa que não se encontra confinada (rutura esplénica)
- Estádio III: Evidência de metástase à distância
O hemangiossarcoma no cão é uma neoplasia maligna de origem endotelial grave devido à elevada frequência de metástase. Classifica-se em vários estádios:
- Estádio I: Afeção localizada. Por exemplo, massa esplénica isolada
- Estádio II: Invasão local. Presença de adenopatias ou massa que não se encontra confinada (rutura esplénica)
- Estádio III: Evidência de metástase à distância
O tratamento do hemangiossarcoma está normalmente relacionado com o sangramento, visto ser um tumor resultante de um endotélio frágil. Portanto, a anemia que costuma ocorrer é a causadora dos múltiplos sintomas1: debilidade, taquicardia, taquipneia e palidez mucocutânea, embora no exame também se possam observar sinais clínicos causados pela massa esplénica (distensão abdominal). De facto, foi já descrito o falecimento de animais secundário a hemorragia aguda por sangramento após rutura de uma massa de hemangiossarcoma, tipicamente numa doença disseminada.
O diagnóstico baseia-se apenas na histologia, visto que o hemangiossarcoma é quase indistinguível de hematomas esplénicos, por exemplo, requerendo métodos e técnicas que permitam um diagnóstico não invasivo e precoce. Apesar de existirem técnicas de imagem que podem orientar o caso, estas nem sempre estão disponíveis. Portanto, fez-se um estudo para detetar a prevalência de hemangiossarcoma em cães com massa esplénica (local mais frequente de ocorrência primária) e os fatores de risco (anemia ou hemoperitoneu), com o objetivo de permitir ao dono e ao veterinário tomarem a melhor decisão. Além disso, correlacionou-se os sinais clínicos para se poder conhecer os fatores preditivos da sua ocorrência e permitir uma melhor decisão diagnóstica e terapêutica.
Foram selecionados cães que requeressem cuidados por hemoperitoneu ou massa esplénica e transfusão sanguínea por anemia como tratamento e que tivessem um diagnóstico patológico posterior. Analisaram-se diferentes aspetos (desde peso, idade, sexo, níveis do hemograma, total de transfusões necessárias para cada animal), chegando-se aos seguintes resultados:
- No total, a prevalência de hemangiossarcoma foi de 57,3%, aumentando para 70,4% quando foram analisados apenas cães com hemoperitoneu.
- Os cães afetados com hemangiossarcoma apresentavam maior plaquetopenia (sendo o limite inferior a 90 000 plaquetas), sem variações significativas nos valores de hemoglobina, mas sim no valor de sólidos totais, que foi menor nos cães afetados por hemangiossarcoma.
- Não houve diferenças no volume de sangue transfundido por etiologia.
Portanto, concluiu-se que os cães que apresentam massa esplénica com hemoperitoneu associado, apresentam uma maior probabilidade de hemangiossarcoma, tendo-se obtido ainda outros dois fatores que estão associados ao diagnóstico de hemangiossarcoma. A contagem plaquetária (menor em cães com hemangiossarcoma) e o valor de sólidos totais também podem ajudar a prever o hemangiossarcoma como causa da massa esplénica e sangramento. Estes dados podem permitir ao dono do animal e ao médico veterinário uma melhor tomada de decisões, considerando o mau prognóstico desta neoplasia. Lembramos ainda que, como em todas as neoplasias, o controlo terapêutico posterior deve ter uma abordagem multidimensional, tendo em conta não só os procedimentos diagnósticos, como também o exercício, a dieta...
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PINTAR J, BREITSCHWERDT EB, HARDIE EM, SPAULDING KA. ACUTE NONTRAUMATIC HEMOABDOMEN IN THE DOG: A RETROSPECTIVE ANALYSIS OF 39 CASES (1987-2001). J AM ANIM HOSP ASSOC 2003;39:518-22
