Conferência de Dermatologia AFFINITY: Pré-Congresso da AVEPA 2017
Durante o simpósio dois oradores, o Dr. Ramón M. Almela e o Dr. Eloy Castillo Castaño, partilharam com os participantes um repertório de casos clínicos de Dermatologia. Além dos casos clínicos em Dermatologia também se realizaram duas sessões que, apesar de se afastarem um pouco da temática, se revelaram extremamente interessantes, pelo elevado número de questões colocadas. Orientada pelo Dr. Almela, teve lugar a conversa “Porque é que a dermatite atópica, nos gatos, se chama hipersensibilidade?”; o Dr. Castillo orientou a conversa intitulada “Dermocosmética”.
O Dr. Ramón Almela reside em Augsburgo, e atualmente encontra-se em processo de finalização da residência para, assim, obter o diploma europeu. Doutorou-se na Universidade de Murcia, onde mais tarde foi professor adjunto durante 2 anos, e finalmente integrou o Serviço de Dermatologia. O Dr. Eloy Castillo finalizou os seus estudos em Paris, realizando posteriormente um estágio rotativo em Nantes, onde foi adjunto de Dermatologia, e atualmente encontra-se em Toulouse a realizar a sua residência para obter o diploma europeu. No decurso de toda a sessão, analisaram-se casos clínicos de cada orador em relação aos aspetos diagnósticos e de tratamento em Dermatologia. Todos os conteúdos deram origem ao debate na plataforma web, que permitia votar e colocar questões. Alguns dos casos focaram-se mais no diagnóstico diferencial, enquanto que outros abordaram mais o acompanhamento da evolução do animal.
Foram apresentados os seguintes casos clínicos:
- Pioderma nasal, furunculose eosinofílica e dermatofitose no cão
- Criptococose cutânea felina
- Hipersensibilidade felina
- Alopecia simétrica não inflamatória
- Inflamação cutânea da extremidade distal
- Úlcera mucocutânea localizada
- Nódulos cutâneos
O Dr. Castillo introduziu a dermocosmética analisando previamente a pele do cão e aspetos da sua higiene e cuidado. Por seu lado, o Dr. Almela destacou a diferença entre a hipersensibilidade no gato e a dermatite atópica no cão. Analisou as manifestações clínicas, a distribuição anatómica e o papel da IgE, que constituem os fatores a ter em atenção para classificar este tipo de reação alérgica. As conclusões emanadas da sessão foram várias.
Por fim destacou-se a importância de avaliar cada caso, e de não amplificar demasiado o diagnóstico diferencial, já que essa ação apenas provoca uma perda de foco. Novamente, os oradores estiveram de acordo em relação à importância da dieta em Dermatologia. “A dermatite atópica canina é uma doença crónica na qual a chave reside em estabelecer um plano dietético, higiénico e farmacológico adequado” constitui uma das afirmações mais valiosas da conferência e que, além disso, emana do Dr. Lluís Ferrer, e diferida numa secção de vídeo projetada.
