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    Meloxicam para cães: efeitos no coxear e na osteoartrite

    Atualmente os estudos que relacionam o uso do meloxicam e a osteoartrite são escassos, por isso o seu uso na abordagem sintomatológica desta doença em concreto carece de uma evidência suficiente.

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    Com o objetivo de avaliar a eficácia do meloxicam para controlar a claudicação e outros sintomas clínicos relacionados com a osteoartrite crónica, elaborou-se um estudo controlado, multicêntrico, prospetivo e aleatório de uma amostra de 217 cães com osteoartrite crónica. O grupo de intervenção (n=105) foi tratado com meloxicam (dia 1 com uma dose de 0,2 mg/kg/sc e os 13 dias seguintes com uma dose de 0,1 mg/kg/vo) e ao grupo de controlo (n=112) administrou-se um placebo. O tratamento durou 14 dias em ambos os grupos.

    Registrou-se a evolução relativamente à gravidade da claudicação, ao nível de peso suportado e na intensidade dos sinais clínicos à palpação da articulação afetada. As avaliações realizaram-se no dia antes de iniciar o tratamento (dia 1) e nos dias 8 e 15. Observou-se uma melhoria no grupo tratado com meloxicam nas avaliações realizadas nos dias 8 e 15, particularmente a nível da gravidade da claudicação e do nível de peso suportado. De igual forma, os casos em que o tratamento foi considerado eficaz tanto por investigadores como por proprietários, formavam parte na sua grande maioria do grupo de intervenção.

    Os controlos analíticos não mostraram anormalidades ou mudanças clinicamente relevantes durante o decorrer do estudo.

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    Os resultados sugerem que em comparação com o placebo, a administração do meloxicam durante 14 dias melhorou significativamente a condição clínica dos cães com osteoartrite sem provocar efeitos adversos, por isso o seu uso pode-se considerar seguro durante o período de estudo do tratamento. Os resultados observados correspondem com outros estudos semelhantes.

    A escala utilizada para avaliar a evolução da sintomatologia foi concebida pelos investigadores do estudo e utilizada como meio de avaliação por veterinários e proprietários. O seu uso permitiu detetar diferenças significativas entre os grupos de estudo, o que sugere que o uso dos sistemas de avaliação subjetiva possam ser ferramentas úteis para monitorizar a gravidade da dor e da disfunção articular causada pela osteoartrite.

    Uma dieta nutricionalmente adaptada para a osteoartrite ajuda a controlar a dor e melhora a mobilidade articular. Num estudo publicado pela Affinity onde se alimentou 28 cães com osteoartrite durante 42 dias exclusivamente com a fórmula "Advance Veterinary Diets Articular Care", observou-se melhorias significativas na capacidade de caminhar e saltar, na aparição da claudicação, na amplitude de mobilização articular, no nível de dor e no estado de ânimo do cão, o que permitiria a redução ou eliminação completa do tratamento com AINES.

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